segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Os Portugueses Lá Fora...

Esta semana, trago-vos um tema novo, para vos mostrar que nao falo só da imigração, trago-vos a Emigração!
Falo da emigração mas não uma qualquer, falo da emigração portuguesa para o estrangeiro, mais precisamente para Suíça/Luxembrgo/França.
Eles começam por ser portugueses, normais, comuns a qualquer outro português, mas todos os emigrantes têm uma coisa em comum: todos eles vêm ou de Trás-os-montes ou da Beira Interior, não faço ideia porquê, mas está provado segundo estudos recentes. Eles andam por cá até mais ou menos os 27 anos, quando, invadidos por uma ganâcia sem limites, decidem abandonar a familia (pais, irmãos, tios) e vão viver para um outro país. Primeiro ponto, eu não os censuro por irem para o Luxemburgo ou para a Suíça para ganharem mais, eu sou contra é que eles achem que se estão a sacrificar deixando para trás o seu "querido" Portugal, para irem ganhar lá o ordenado mínino. Ora, se eles tivessem trabalhado e estudado como deve de ser cá, em vez de terem ido para o meio da serra com a Lucinda ou para a taberna com o Arlindo, talvez hoje conseguissem arranjar emprego cá e até ganhar mais que o ordenado mínimo. Isso é que era um sacrificio como deve de ser: estudar e trabalhar, mas não, o Arlindo e a Lucinda são bem mais tentadores, não é?! E assim nao precisavam de deixar o vosso "querido" Portugal, e sempre tinham mais que o 6º ano.
Outra coisa que me irrita bastante é, depois de eles lá estarem, a necessidade que eles têm de estarem "próximos" do seu país. E para isso o que e que eles fazem? Escrevem músicas lindas, com uma letra e ritmo maravilhosos, onde descrevem os sítios onde viviam em Portugal (aldeias com nomes tipo Pampilhosa da Serra) e a saudade que sentem de tudo o que é português. Ou então organizam-se em sociedades recreativas e juntam-se todos os fins-de semana para almoços de convívio com sessões de karaoke no final, só de músicas 100% portuguesas. Destes almoços depois saem cromos como o Tony Carreira ou a Arlinda Mestre. E assim se anda a denegrir a imagem dos portugueses lá fora...
Mas os emigrantes voltam, eles acabam sempre por voltar. Não por muito tempo é claro. Voltam só para a primeira quinzena de Agosto, vá. E quando eles voltam, é quando nós nos apercebemos que eles já não são nada, não são nem portugueses nem suíços: viveram em Portugal durante quase 30 anos, mas como estiveram emigrados na Suíça durante os últimos 3 meses já mal falam português, esqueceram-se de montes de palavras perfeitamente comuns. Então encontramos falas estranhas durante o seu discruso, do género: "Lurdes, gosto do teu nouvelle coupe de cheveux!" (tradução: Lurdes, gosto do teu novo corte de cabelo). E o mais engraçado é que eles nem dão por isso, ou fingem não dar... (3 meses é muito tempo!).
Mas ao fim da primeira semana as saudades da Suíça já apertam, é entao que decidem fazer algo para tentar apaziguar a saudade, algo que em muitos sítios do mundo seria considerado uma loucura, eles fazem a... FESTA DO EMIGRANTE!!!! (WOW):
Ou seja, eles não estão bem em lado nenhum, nao sabem o que é que querem. Quando lá estão fazem músicas que andam entre o piroso e o horrível, ou grandes almoçaradas para relembrar o "bom" Portugal, e andam sempre a desejar que chegue Agosto para poderam voltar para o "seu" país. Quando cá estão, querem é voltar para o país que os acolheu e, enquanto não o fazem, juntam-se em grandes festarolas com um nivel de pimbalhisse do mais alto que eu já vi.
Concluímos então que os emigrantes gostam é de não fazer nada e andar sempre em festa para cá e para lá, ou como diz o outro: "Eles querem é aparecer"!!!!
'Tá boa, "vistes"...

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